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Dados da Synapcom mostram que, em algumas regiões com país, crescimento ultrapassou 600%
O número de transações de comércio eletrônico cresceu 672% no Norte do Brasil no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o ano anterior. Mas não foi só nessa região que o e-commerce teve crescimento exponencial. As compras online cresceram 671% no Nordeste, 611% no Centro-Oeste, 513% no Sudeste e 372% no Sul, segundo dados da Synapcom, que gerencia operações de e-commerce de ponta a ponta no Brasil e na América Latina.
O crescimento do e-commerce no Brasil, que já vinha mostrando dados positivos nos últimos anos, acelerou em 2020 com a pandemia da covid-19. O maior número de pedidos continua acontecendo na região Sudeste, que concentra 64% do volume de comércio eletrônico.
“Esses números de crescimento mostram que os consumidores estão contando cada vez mais com o e-commerce no seu dia a dia, não só nos grandes centros, mas em todas as regiões do país. Para garantir eficiência e excelência na entrega da melhor experiência online para quem compra, as operações de comércio eletrônico precisam estar muito bem estruturadas e com grande abrangência”, diz Eduardo Fregonesi, CEO da Synapcom.
Fonte: Exame
O crescimento do e-commerce no Brasil foi de 75% em 2020, comparado ao ano anterior, segundo o indicador Mastercard SpendingPulse. Este número, no entanto, pode ser ainda maior nos próximos anos, como aponta outra pesquisa da Statista, empresa alemã especialista em análise de mercado e consumo, prevendo que as receitas globais com e-commerce devem aumentar mais de 50% nos próximos cinco anos, passando de 1,7 trilhão de euros (cerca de R$ 11,12 trilhões) em 2019 para 2,6 trilhões de euros (aproximadamente R$ 17 trilhões) em 2024.
Diante desse cenário, a automação, a robotização e a inovação possíveis nas atividades logísticas com a redução das etapas com interação humana estão ganhando um forte impulso.
Tecnologias como essas oferecem flexibilidade e produtividade às empresas para atenderem ao desafio de fazer lotes menores de um maior número de produtos específicos em ciclos mais curtos, ao mesmo tempo em que melhoram a qualidade, a eficiência e a confiabilidade das suas operações, tanto em relação à produção, quanto ao prazo de entrega e à confiabilidade no trajeto e entrega – track & trace.
Mais ainda: uma pesquisa do Instituto QualiBest mostra que a quantidade de pessoas que não tinha um aplicativo de entrega instalado no smartphone caiu de 54% em 2018 para 28% em 2020. Nesse período, a modalidade que mais cresceu foi a de pedidos de refeição: 26%. Este número confirma a teoria de que há uma mudança no comportamento das pessoas.
Para tentarmos entender como a tecnologia e a robótica podem ajudar as empresas a suprirem a crescente demanda, tanto no que toca a quantidade de pedidos como na agilidade do processo entre a realização da compra e a entrega, vou usar o exemplo da holandesa Heemskerk que entrega entre 3,5 milhões a 4 milhões de produtos frescos toda semana para lojas e redes de comida em todo o mundo graças ao uso de robôs em sua linha de processamento, embalagem e despacho de mercadorias, processando de 300 a 400 caixas por pedido.
O sistema de robótica ajudou, com apoio ao processo de fabricação e separação de pedidos, possibilitando que 75% dos produtos (processados) da empresa estejam nas lojas no dia seguinte. Ao contrário do processo logístico tradicional, que costuma manusear unidades individualmente na separação do pedido, a solução de robótica permitiu que a companhia holandesa entregasse mais de 60 pedidos de larga escala todos os dias.
No total, a fábrica processa mais de 800 mil caixas toda semana e com a automatização, a empresa está preparada para trabalhar com o triplo desse volume sem precisar realizar qualquer nova mudança. A flexibilidade permite aumentar o volume com base na demanda sem investimento adicional.
Outro ótimo exemplo vem da indústria farmacêutica, os robôs ajudam a aumentar a produtividade da sueca Apotea em 30%. A empresa é a maior do setor de vendas online do país, empacotando mais de 35 mil produtos por dia, ou 170 mil por semana. Cerca de 35.000 pacotes deixam o centro para serem entregues a clientes em todo o país.
Os robôs são equipados com um software de segurança robótica que pode tornar aplicações com robô industrial em aplicações colaborativas, sem a necessidade de grandes fechamentos e barreiras de proteção.
Além destas duas funções específicas, a robótica também permite o manuseio seguro de pacotes desconhecidos com o uso de Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina, sem que seja necessário “ensinar o robô” a reconhecer todos os tamanhos de pacote, caixas ou embalagens.
Automatização da cadeia de produção já dá celeridade ao processo logístico em muitos países da Europa e se tornou fundamental para a entrega de produtos de maneira eficiente, com toda a flexibilidade requerida. No Brasil, começamos a ver movimentos no mesmo sentido, com estudos e consultas para automatização de processos em centros de distribuição e áreas logísticas.
*Adrian Covi [e gerente de robótica para Bens de Consumo e Logística da ABB Brasil
Fonte: Canaltech
Vendas online aumentam mais de 50% com a pandemia e maiores empresas do setor movimentam R$ 94 bi
Estudo feito pela consultoria BIP mostra que as principais empresas de ecommerce do país movimentaram, juntas, quase R$ 100 bilhões. Sem dúvidas a pandemia se tornou um divisor de águas para o mercado digital em todo o mundo com a explosão sobre a demanda pelo ecommerce.
Em todos os países, diferentes pesquisas mostram que a mudança de hábitos do consumidor repentina deve permanecer mesmo em um cenário pós-pandemia. Nesse sentido, uma pesquisa feita pela BIP mostra o crescimento de 52% nas vendas realizadas por plataformas de vendas online no Brasil.
Ecommerce cresce mais de 50% na pandemia
Durante o período da pandemia, este setor movimentou R$ 94 bilhões considerando somente vendas de sites e marketplaces para o consumidor final.
Para chegar ao resultado desta análise, a BIP considerou as vendas feitas pelos três maiores players do varejo digital no país: Magazine Luiza, Via Varejo e B2W. Resumindo, somando as vendas feitas pelo trio empresarial pesquisado neste estudo, o crescimento delas chega a 79% considerando o ano de 2020.
Isto significa que a participação destas companhias no mercado de vendas online brasileiro saiu de 61,8% em 2019 para 72,8% ano passado. Apesar de oferecer grande volume de vendas entre empresas e consumidor final (B2C), o site Mercado Livre ficou de fora desta análise.
Principalmente porque a plataforma também oferece transações entre consumidores (C2C), além do modelo de vendas anteriormente mencionado. Entretanto, segundo os dados coletados, estima-se que o Mercado Livre detenha uma porcentagem que pode variar entre 40% e 50% do ecommerce no Brasil.
Impacto nas vendas online no turismo
Vale lembrar que esta pesquisa não considerou transações de passagens e hospedagens diante do impacto causado pela pandemia no setor de turismo em todo o planeta.
Por isso, também não foram incluídos neste estudo os dados referentes às vendas de plataformas de serviços delivery, como iFood e Rappi.
Fonte: Mundo do Marketing
Os países que compõem o Mercosul assinaram um acordo de comércio eletrônico que facilita as transações digitais e proíbe a criação de barreiras comerciais sobre esse segmento. Segundo os Ministérios da Economia e das Relações Exteriores, o instrumento aprofunda a integração regional, ao regular um tema cada vez mais relevante do comércio global.
O acordo estabelece um marco jurídico comum que impede a criação de possíveis obstáculos ao comércio eletrônico entre os quatro países do bloco – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Entre as medidas acertadas, estão a proibição a tarifas sobre downloads, streaming (transmissões eletrônicas) e compras em lojas de aplicativos que sejam incompatíveis com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Pelo acordo, os países do Mercosul também não poderão exigir que empresas prestadoras de serviços digitais instalem servidores (computadores) em território nacional. Dessa forma, uma plataforma que funcione no Brasil não precisa, por exemplo, instalar um servidor na Argentina para poder atender a consumidores do país vizinho.
Apenas, as instituições financeiras precisam seguir a exigência, por determinação dos Bancos Centrais dos países do bloco. Embora seja abolida na maior parte do planeta, a obrigação de uma empresa instalar computadores nos países em que atua é exigida em países como a China, permitindo que uma determinada plataforma seja derrubada por ordem das autoridades locais.
Outros pontos do acordo são a aceitação de assinaturas digitais nos países do Mercosul, o alinhamento das normas nacionais de proteção ao consumidor online com as regras do bloco e a adoção e manutenção de marcos legais de proteção de dados pessoais e a proteção contra spam (mensagens comerciais não pedidas).
Avanços
Em nota conjunta, o Itamaraty e o Ministério da Economia informaram que o acordo se baseou nas recomendações mais avançadas de fóruns internacionais como o G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o comunicado, o acordo regional representa uma contribuição à criação de regras internacionais para o comércio eletrônico dentro da OMC.
Desde 1998, os países que integram a OMC têm renovado, a cada dois anos, o compromisso de não impor tarifas sobre o comércio eletrônico. Dessa forma, o acordo do Mercosul firma-se como proteção regional para o segmento na ausência de um acordo global. O texto assinado, destacam o Ministério da Economia e o Itamaraty, é semelhante ao acordo comercial fechado com o Chile em 2018.
Assinado na quinta-feira (29) em Montevidéu e detalhado na sexta-feira (30), o acordo sobre comércio eletrônico do Mercosul, na avaliação do governo brasileiro, aumentará a previsibilidade e a segurança jurídica das transações comerciais digitais dentro do bloco, contribuindo para o aumento da circulação de bens e serviços nos quatro países membros. “Sua conclusão reforça, mais uma vez, o compromisso do Mercosul com a integração comercial e o fortalecimento das condições de competitividade de suas economias”, concluiu a nota conjunta.
Cidades de fronteira
Também na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional com o texto do Acordo sobre Localidades Fronteiriças Vinculadas do Mercosul, assinado durante a 55ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em 2019.
O acordo visa fornecer as bases jurídicas de direito internacional para que os governos do Mercosul garantam aos cidadãos das localidades vinculadas dos países participantes o direito de obter documento de trânsito vicinal fronteiriço, que facilita circulação entre os países e confere benefícios nas áreas de estudo, trabalho, saúde e comércio de bens de subsistência.
Os portadores do documento fronteiriço poderão estudar e trabalhar dos dois lados da fronteira. Terão também direito a transitar por canal exclusivo ou prioritário, quando disponível, nos postos de fronteira. O direito de atendimento nos sistemas públicos de saúde fronteiriços poderá ser concedido em condições de reciprocidade e complementaridade.
O acordo também dispõe sobre cooperação entre instituições públicas nessas regiões em áreas como vigilância epidemiológica, segurança pública, combate a delitos transnacionais, defesa civil, formação de docentes, direitos humanos, preservação de patrimônio cultural, mobilidade de artistas e circulação de bens culturais e combate ao tráfico ilícito de referidos bens.
Fonte: Agência Brasil
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