Terça, 27 Outubro 2020 00:00

Pandemia acelera comércio eletrônico nas regiões do Brás e do Bom Retiro

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Obrigadas a fechar as portas para evitar a disseminação do novo coronavírus, lojas do Brás e do Bom Retiro, na região central de São Paulo, perderam clientes e muitos varejistas e atacadistas ficaram sem saber o que fazer. Em reportagem do portal E-Commerce Brasil, Jean Makdissi, dirigente da Associação de Lojistas do Brás, disse que “a realidade se dividiu entre aqueles que tinham uma forma de fazer um atendimento digital e aqueles que não tinham e não estavam preparados para isso”.

Makdissi explica que as primeiras semanas de restrições provocadas pela pandemia foram um choque de realidade para todos os lojistas da região. Mas, com o tempo, quem já tinha um comércio eletrônico “começou a ter uma reação de vendas bem forte”. E quem não tinha ficou parado até perceber que a situação poderia se estender mais do que se imaginava.

Com isso, esses lojistas “começaram a reativar seus negócios aos poucos, fazendo contato via WhatsApp, inclusive vendas por meio do aplicativo”, conta o dirigente. Antes da pandemia, cerca de 10% dos lojistas tinham um e-commerce. A projeção da associação é de que esse número dobre ou até triplique.

O Instagram é outra rede social usada com frequência. Os lojistas entenderam que o e-commerce é um recurso importante, não apenas por ter sido uma salvação neste período de restrições. “Hábitos de compras estão mudando. E, com as pessoas circulando cada vez menos, o e-commerce de fato se consolida como estratégia importante para os negócios”, diz Makdissi.

Investimento que dá resultado

Quem investiu agora para ter um e-commerce, mesmo que de forma simples, não deixará de usá-lo após a pandemia. É o que afirma o dirigente. Ele acredita que as empresas que não estiverem preparadas para isso vão precisar ter outros atributos, como preços mais vantajosos e outras oportunidades em que o cliente não faça questão do e-commerce e se desloque até a região.

“Isso é muito forte no Brás. Ou seja, dizer que o e-commerce vai tomar conta e que quem não entrar no e-commerce vai morrer não é verdade. Afinal, tem espaço para tudo, mas a tendência é de que as lojas se preocupem mais com a venda online”, afirma Jean Makdissi.

O maior desafio nesta pandemia tem sido manter um faturamento capaz de pagar os custos fixos e as despesas dos lojistas. Só assim é possível evitar demissões de funcionários ou fechamento dos negócios.

Na região do Bom Retiro, assim como no Brás, a quarentena também deixou muitos lojistas preocupados. Nelson Tranquez, representante da Câmara de Dirigentes Lojistas da região, diz que o período provocou sérios transtornos. Quem trabalha com moda, como as várias confecções da região, estava em um momento de lançamento das coleções de outono e inverno, com os estoques cheios de produtos que tinham acabado de chegar. “Foi um prejuízo grande, com produtos estocados e parados”, conta.

O dirigente acrescenta que a pandemia provocou uma aceleração na busca pelo comércio eletrônico, que já era usado na região por cerca de 30% a 40% das empresas. Quem já tinha um comércio eletrônico viu as vendas online melhorarem, mas quem não estava presente em nenhuma plataforma precisou correr atrás.

“A gente aumentou muito a presença no comércio eletrônico e nas redes sociais. Então, isso foi um impulso. E os que não estavam, agora já estão”, enfatiza. “A gente sabe que isso é inexorável. Mesmo que as coisas retornem a um novo normal, o comércio eletrônico vai fazer parte da nossa vida cada vez mais. Disso, não tem como fugir”, completa.

Imagem: Reprodução

Fonte: Mercado e Consumo

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